Transformar a nós mesmos e o mundo com as idéias da física quântica.

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Complexidade


COMPLEXIDADE

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O arquiteto americano Bryan Berg terminou o maior castelo de cartas do mundo. Isso ocorreu em 2010. Há uma metáfora por detrás desse castelo. Justamente a de um mundo altamente complexo e interligado em que vivemos hoje. Como chegamos até aqui? A réplica do castelo de cartas de Bryan Berg demonstra como a complexidade traz consigo a interdependência e ao mesmo tempo a fragilidade desses sistemas a mercê de eventos não previsíveis. Uma ratazana poderia passar por ali e colocar abaixo toda a complexidade dos mais de 4000 mil baralhos utilizados na construção. Observamos um aumento da complexidade de todos os sistemas envolvidos em uma sociedade. A energia elétrica produzida nas usinas hidroelétricas é fundamental para o funcionamento da internet. Um colapso no funcionamento da internet poderia provocar danos irreparáveis na segurança, na saúde e em diversos setores. Eventos naturais e também eventos provocados pelo homem podem interferir na interconexão dos sistemas. Os seres humanos, que há mais de 150.000 (Cento e cinquenta mil) anos vem mantendo presença no planeta Terra, passando por modificações anatômicas, morfológicas, emocionais, comportamentais. É fascinante percebermos o processo evolutivo. E é ainda mais fascinante pensarmos sobre a vida e como a compreendemos. É imprescindível que consigamos enxergar a necessidade atual que todos nós temos de despertar para uma realidade onde a consciência seja valorizada como poder causal fundamental. Seja refletindo sobre a evolução e a incompletude das teorias que tentam compreender o processo evolutivo, seja refletindo sobre as diversas áreas do saber humano, seja pesquisando e estudando aspectos científicos objetivos, seja buscando auxílio no campo filosófico do pensar, seja dando vazão a criatividade interna e externa, situacional e fundamental, seja ouvindo e refletindo sobre ideias contrárias, seja buscando opiniões em todas as áreas da sabedoria humana, seja em leituras de textos de pessoas que já pensaram no assunto, chegamos a constatação de que: Somos vivos e temos consciência disso. Pensar em consciência nos dias de hoje é fundamental. A evolução da percepção humana sobre si mesma progrediu muito e dentro dessa evolução de percepção há uma motivação inquietante de buscar explicações para uma infinidade de incertezas. Muito além de questões filosóficas sobre nossas origens, sobre se há algum propósito em viver e da forma como vivemos, se há um motivo para as dores e sofrimentos, se realmente há necessidade de sofrer e por que? Qual a nossa destinação ou predistinação? Somos livres? Temos realmente liberdade em nossas escolhas? Ou somos como feito pedras em queda livre pensando que podemos escolher o nosso destino? Essas questões ficam sem respostas, ou apenas com respostas simplórias, se não tentarmos compreender a realidade completa pela qual somos formados.

 

Temos discutido muito as ideias da física quântica e seus princípios que nos conduzem para compreender um novo paradigma. Um conjunto teórico de ideias e comportamentos que regem as decisões dos seres humanos. Muitos paradigmas já nortearam essas condutas. Muitos paradigmas já alimentaram as guerras, destruições, separações por não preverem o processamento de valores. Houve época onde os seres humanos buscavam explicações racionais para suas dúvidas e para fenômenos observados e quando não as encontravam na ciência incipiente, atribuía-se explicações a causas sobrenaturais. Uma era onde o místico era importante e os milagres eram atribuídos a causas que não tinham explicações plausíveis dentro da sabedoria da época. Era uma época organizada e satisfez durante certo tempo e a convivência entre ciência e religião foi orgânica. Porém esse aparente equilíbrio foi quebrado pela revolução das máquinas e o mecanicismo newtoniano. A física de Newton é possuidora de uma filosofia determinista onde admitia-se que sabedor das condições iniciais e das forças envolvidas no sistema, podia-se prever a trajetória, isto é, determinar o destino. A biologia, a medicina, o direito, a psicologia sofreram influências desse paradigma determinista. A metáfora de máquina ainda hoje repercute em nossas mentes e condutas. No início do século XX, os quantas foram teorizados. Pacotes de energia discreta com a capacidade de fazer algo acontecer foi identificado inicialmente por Planck e depois confirmado pelos trabalhos de Einstein em seus experimentos do efeito fotoelétrico. A matéria, antes vista como feita por “blocos de concretos”, agora passou a ser compreendida dentro de um espectro de probabilidade de existir. A luz possui um comportamento ondulatório e simultaneamente um comportamento corpuscular. Desse comportamento íntimo dos constituintes submicroscópicos da matéria emergiu o conceito da incerteza. Em um campo fundamental, onde a matéria nasce, não há certezas. Há, sim, probabilidades e com ela as possibilidades e as incertezas. Nasce uma ferramenta poderosa de cálculos de probabilidade: mecânica quântica.

 

A mecânica quântica consegue prever apenas a probabilidade de um életron existir. Em cada experimento realizado para se detectar o elétron e sua trajetória  pode-se apenas prever a possibilidade dele existir, mas nunca o elétron real. Não há trajetória que possa ser prevista quando estamos considerando objetos quânticos como o elétron. O átomo e seu modelo foi totalmente reconsiderado. O nascimento da luz (salto quântico e flutuações quânticas) é até hoje envolto em mistérios. O que é capaz de perturbar o “tecido” do espaço onde está inserido o átomo capaz de nascer a luz? Bom, ainda voltarei a esse assunto. Até a descoberta da física quântica, o observador não era considerado importante nos experimentos. Hoje, com o conhecimento da interconexão quântica existente entre todos os objetos quânticos, o observador é levado em consideração com papel fundamental. O observador é capaz de perturbar e interferir com o sistema que está sendo experimentado. O observador e aquilo que está sendo observado formam um todo inseparável e influenciam no resultado do experimento. Se a mecânica quântica é capaz de prever apenas a probabilidade de existência do elétron, fica a pergunta que não cala: O que causa a realidade então? Nasce uma interpretação audaciosa da física quântica que considera o papel do observador como fundamental. Nasce a interpretação da física quântica que considera a consciência como algo fora do sistema da mecânica quântica capaz de perturbar o sistema e provocar o colapso da função de onda do elétron e transformá-lo em realidade. A dualidade onda-partícula adquire um intermediário que é a consciência. A consciência é o verdadeiro poder causal da matéria. Sem consciência não haveria a realidade como a conhecemos. Daí, grandes pesquisadores, admitirem em uma época onde pouco se compreendia sobre esses fenômenos, afirmarem que nós criamos a realidade. Foi uma época onde as intenções de criar coisas materiais ganhou força. Bom, se eu sou capaz de criar a minha realidade, então eu quero uma BMW na garagem! Época ingênua. Há uma profundidade maior nessa descoberta. Uma profundidade muito maior que os desejos do EGO. Aqui nasce outra interpretação da física quântica: As escolhas são feitas por uma consciência que está além da consciência imediata(consciência egóica). Essa consciência que está além da consciência imediata é a consciência cósmica. Nasce um novo Deus. Nasce uma consciência cósmica não mais separada. Morre o Deus infantil personificado e nasce um Deus cósmico que participa ativamente e objetivamente das escolhas de suas criaturas. Nasce a Causa Primeira de todas as coisas, O Todo-Poderoso, Ser Supremo, Suprema Bondade, Altíssimo, Ser Divino, Divindade, Deus Pai, Rei dos Reis, Criador, Autor de Todas as Coisas, Criador do Céu e da Terra, Luz do Mundo e Soberano do Universo. A grande maioria das pessoas acreditam em um Deus que é um ser todo-poderoso (onipotente) que tudo sabe (onisciente) e dotado de uma bondade infinita (onibenevolente): que criou o universo e tudo o que nele existe; que é preexistente e eterno, um espírito incorpóreo que criou, ama e pode dar aos homens a vida eterna. Todos essas atribuições são construções humanas na tentativa de compreender a consciência cósmica que interconecta todos os seres sencientes. Hoje a ciência quântica consegue devolver Deus para a própria ciência e mais, consegue integrar aspectos que percorreram um trajeto separado até então: ciência e espiritualidade. Aspectos transcendentes agora podem ser compreendidos de maneira objetiva. Como o transcendente comunica-se com o manifesto? A resposta está na física quântica e na interpretação da filosofia idealista monista da realidade onde a consciência é considerada a base de tudo.

 

Dessa maneira, integramos a separação existente entre ciência e religião, entre ciência e espiritualidade. Podemos conversar e pesquisar os fenômenos da psique humana e todos os aspectos sutis, particulares e internos da mente humana. Integrados e cocriados simultaneamente com a matéria física corpórea dos 70  trilhões de células que constituem  o corpo humano. Conseguimos valorizar a energia vital e resgata-la para a biologia convencional que ainda está incompleta. Conseguimos pensar em um novo paradigma para a medicina onde as condutas levarão em consideração esses aspectos sutis, pois neles estão situados as verdadeiras causas das diversas patologias que afetam a saúde humana. Mudança de paradigma. Mudança de capacidade teórica que orienta a prática e as ações. Mudança de paradigma que impulsiona o ser humano para a necessidade da transformação íntima a fim de alcançar o propósito da evolução. Exatamente isso. Avanço tecnológico, computadores de última geração, computadores quânticos, processamento de informações cada vez mais complexas são construções externas.O cérebro humano tem dificuldade em lidar com a complexidade. As vezes, eventos não previsíveis também acontecem na vida e impulsionam para decisões e soluções novas. As vezes, esses eventos acontecem para diminuir a complexidade até um estágio mais simples que permita uma evolução. Muito mais que a tecnologia externa precisamos da “tecnologia” interna que é capaz de acessar uma rede energética de poder incomensurável capaz de criar a sua própria realidade. Educação das potencialidades do EGO. Motivações. A cada momento podemos fazer um destino diferente. A cada momento podemos colapsar uma possibilidade diferente e escrever histórias diferentes. A cada momento, a cada instante realizamos escolhas ainda baseadas em hábitos e condicionamentos. A cada momento podemos dizer não aos hábitos e condicionamentos e seguirmos um caminho diferente: o caminho do coração.

 

Abraços fraternos

 

Milton

 

Física quântica, memórias, percepções e o processamento inconsciente.


FÍSICA QUÂNTICA

MEMÓRIAS E PERCEPÇÕES

PROCESSAMENTO INCONSCIENTE

“Todo homem é uma criatura da época em que vive, e muito poucos são capazes de se colocar acima das idéias dos tempos.”

Voltaire

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Dando continuidade ao nosso raciocínio sobre a importância do novo inconsciente e a contribuição da física quântica para a expansão dessa compreensão, vamos buscar um entendimento sobre o paradoxo existente entre percepção e memória. Hoje em dia, baseado em novos parâmetros de observação pelo laboratórios de neurociências, podemos compreender como “construímos” nossas memórias. A memória é necessária para a percepção de um objeto. Quando entramos em contato com qualquer objeto de nossa experiência, recrutamos uma série de informações dos padrões neurais existentes, até então, para perceber (percepção) o mesmo, identificando todas as características inerentes ao objeto. Podemos afirmar, então, que a percepção depende da memória. Pois bem, a percepção também é necessária para a “construção” da memória, caso contrário não teríamos lembranças dos objetos percebidos. Como resolver esse paradoxo. Perceberam? Percepção exige memória e memória exige percepção. Temos um aparato de memória e um aparato de percepção. Qual a relação causal entre eles? Qualquer circularidade observada dentro da ciência é considerada um paradoxo. A ciência materialista (interações materiais) admite a hierarquia simples como paradigma de estudo, orientando as pesquisas baseadas nesse critério de causalidade. A causalidade obedece um processo de causa e efeito onde um “poderoso chefão” é identificado (ou pelo menos há uma tentativa para tal). É assim que são as explicações causais dentro das interações materiais, isto é, partículas elementares formam átomos que formam moléculas, moléculas se reunem formando células, células se reunem formando órgãos (cérebro) que de suas atividades de interação por processos físicos e químicos produzem a consciência. É a famosa causação ascendente. Como a interação material pode causar algo que é sutil: a consciência, ou até mesmo os sentimentos e pensamentos. Como processos físicos e químicos dentro da biologia celular neural pode causar ou fazer emergir a consciência. Quem disse que tem que ser dessa forma?

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Bom, além do campo filosófico que envolve tais considerações a ciência quântica pode contribuir para a solução desse paradoxo. Se admitirmos que é a consciência a base de tudo e não a matéria com suas interações materias, o paradoxo se desfaz. Como? É o sutil que causa o grosseiro. É o sutil quem coordena a forma. É o sutil, através dos campos de influência que organizam e se comunicam com a matéria e mantém a entropia dentro da ordem (entropia entendida aqui como a tendência de qualquer sistema em caminhar para a desordem). É o sutil, por intermédio da consciência (que também podemos chamar de espírito, alma, dependendo da religião em questão) quem escolhe as possibilidades da matéria e mantém a ordem do sistema. Estamos realmente invertendo, de forma radical, a causalidade. Ela é chamada pela nova ciência, ou ciência alternativa, de causação descendente. O sentido não é apenas da terra para o céu, mas também do céu para a terra. Feito essas considerações filosóficas científicas, vamos aprofundar o raciocínio dentro da compreensão do que vem a ser as memórias sob o conceito do novo inconsciente com seu processamento inconsciente. Lembrando que processamento consciente e processamento inconsciente estão dentro da consciência – base de tudo – essência do ser – o “eu” de cada experiência – o sujeito que testemunha tudo em qualquer observação. Podemos também nos referir a esses processamentos como mente consciente e mente inconsciente. A neurociência cognitiva, atualmente, estuda justamente a mente-cérebro-comportamento. Cabe ressaltar que há muitas pesquisas atuais que buscam entender como essas “foças subterrâneas” coordenam e controlam a mente consciente.

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Vamos analisar a matéria da consciência. O cérebro possui áreas responsáveis pela memória. Houve uma época em que a ciência procurava a localização da memória no cérebro. Houve época onde a ciência ignorava os aspectos mentais e dedicava-se exclusivamente ao estudo do comportamento (Behaviorismo). A metodologia científica apresenta falhas por ser realizada por seres humanos também falhos, mas ainda é um instrumento poderoso de investigação. Hoje observa-se que a ciência é a distribuidora oficial de verdades. Isso mesmo! A mesma posição assumida pela Igreja em épocas passadas. A igreja já foi a distribuidora oficial de verdades. Se você questionasse seus dogmas com outras idéias o destino era a fogueira! Atualmente, a ciência não queima ninguém de forma literal, mas queima a credibilidade do investigador e o coloca em um ostracismo apenas por querer estudar esses aspectos sutis do ser humano, que por natureza, são repletos de viéses. Mas podemos utilizar da própria metodologia científica para estudar os aspectos sutis com algumas adequações. Pessoas sérias são desacreditadas. Bom seria se houvesse uma integração entre ciência e espiritualidade e essa é a proposta do novo paradigma proposto pela física quântica. Integração entre ciência e espiritualidade. Explicar como aspectos transcendentes do ser humano podem e influenciam a matéria de que ele é formado. Esse entendimento passa pelo conhecimento e experimentos bem realizados, seguindo os padrões da metodologia científica, pela física quântica de onde emergiu os princípios quânticos que explicam a comunicação além da velocidade da luz (não localidade), que explica a causalidade além dos fatores envolvidos no sistema (hierarquia entrelaçada) e explica a descontinuidade e os saltos característicos do mundo quântico. Todos esses princípios são assinaturas da causação descendente e explica como a tendência natural a desordem (entropia) é revertida em ordem.

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Mente e cérebro indubitavelmente tem uma correspondência de interligação codependentes. A mente é capaz de moldar o cérebro. O que você pensa é representado no cérebro com a formação de redes neurais e explosão de vários neurotransmissores, que são rapidamente reabsorvidos e duram cerca de frações de segundos na fenda sináptica. É a linha de pesquisa atual dos behevioristas que usam o termo biocomportamental oriundo da integração da neurobiologia e as novas descobertas da neurociência explicando o comportamento, reforçando o movimento das moléculas produzidas e que determinariam esse comportamento. Há controvérsias! Da mesma forma, modificações que ocorrem no cérebro são capazes de modificar a mente, permitindo uma modelagem da mesma. Como é feita essa representação no cérebro? A resposta está nos padrões das redes neurais e nas moléculas envolvidas no processo. A bioquímica e física envolvida nesses processos é de entendimento complexo, mas a cada dia uma nova luz é lançada e a compreensão torna-se cada vez melhor a cerca do processo de construção da memória. Pensemos um pouco em como é sintetizada a proteína envolvida na transmissão do impulso nervoso denominada neurotransmissor. Quando falamos em neurotransmissores (Serotonina, Dopamina, GABA e etc) estamos mencionando as proteínas envolvidas na fenda sináptica que são responsáveis pelas conexões entre os neurônios e, consequentemente, pela transmissão e propagação da informação pela rede nervosa, estabelecendo uma comunicação entre as células nervosas e destas com outras células (muscular por exemplo) determinando a contração muscular e como consequência o comportamento. Um pequeno parenteses. Hoje há várias pesquisas sérias levantando a hipótese de poder existir um outro tipo de comunicação energética pelo corpo através do sistema conectivo ou tecido conjuntivo. Esse tecido é responsável pela conexão entre células e órgãos de diversos sistemas do corpo humano. Essa característica é observada no tecido conjuntivo pelo fato dele preencher espaços entre as células e tecidos, bem como órgãos. Fecha parenteses. O novo inconsciente passa pela compreensão desses padrões neurais que representam as informações que caracterizam as experiências do ser humano. A teoria cognitiva e o novo inconsciente resgatam o estudo da mente e seus circuitos cerebrais que a representam. O que se passa na mente molda o cérebro e o que se passa no cérebro molda a mente.

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Intuição, pensamento e sentimento são considerados objetos quânticos pelos princípios bem documentados da física quântica. Por serem objetos quânticos, não há como determinar posição e velocidade simultaneamente. Se você se concentrar no conteúdo do pensamento você perde informação sobre o direcionamento do pensamento e vice-versa. Não há como determinar simultaneamente ambos. Faça a experiência!! Pensamento assim como um elétron é uma onda de possibilidade. Tem o potencial de tornar-se realidade. Para que ocorra o colapso de onda da matéria do pensamento há necessidade do cérebro. O pensamento é representado no cérebro através dos padrões e circuitos neurais e também dos neurotransmissores. Para não violar a lei de conservação de energia, a consciência escolhe simultaneamente os padrões neurais do cérebro com suas moléculas e surge a representação do pensamento com seu significado. É assim que construímos nosso sistema de crenças, assunto que vou abordar em outro post futuramente. Simples e complexo assim! Uma assinatura da causação descendente da consciência é a hierarquia entrelaçada onde algo fora do sistema é o verdadeiro poder causal escolhendo entre duas ou mais opções correlacionadas. Mente e cérebro estão correlacionados. A consciência contém ambos. Como a consciência escolhe o processamento inconsciente e o consciente não há violação da lei de conservação de energia. O mesmo raciocínio pode ser estendido para os sentimentos. Nesse caso, podemos entender as moléculas da emoção: receptores opióides e neuropeptídeos. Entender as pesquisas de Damásio, segundo a contribuição da física quântica, traz uma nova luz na regulação da vida. Uma enorme quantidade de informações inconscientes são organizados por campos sutis – campo morfogenético – presente em um outro campo superior – corpo vital – o movimento da energia vital dentro do corpo vital é o sentimento.

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Campos dentre de campos. Assim é o comportamento da evolução. Aumento da complexidade da forma observada na evolução obedece a esse princípio: campo dentro de campo. Átomos dentro de moléculas. Moléculas dentro de células. Células dentro de órgãos. Órgãos dentro de organismos. Campos dentro de campos. A energia envolvida no processo abedece a um “evelopamento” diferente porém ao mesmo princípio de campo dentro de campo. A energia densa dos átomos são “envelopados” dentro das moléculas e emerge uma nova energia que sustenta a forma da molécula e agora mais sutil quando comparada a energia densa do átomos. A medida que a forma se torna cada vez mais complexa, a energia se torna cada vez mais sutil. Basta isso no momento, para compreender a dinâmica da evolução. A essência presente em todos nós evolui e ainda vou mais adiante, essa essência tem novas oportunidades de experimentação (reencarnação) para que a individualidade do ego eduque suas potencialidades e nesse processo de educação alcance mais sutilezas energéticas capazes de serem representadas no cérebro durante o período que aqui vivemos. Essa seria a teoria da consciência egoísta! (hehe) Uma crítica sutil ao gene egoísta de Dawkins. Só que é um “egoísmo altruísta”, isto é, tem um propósito! A consciência deve buscar representar cada vez mais aspectos de ondas de possibilidade de alta teor vibratório (alta frequência e alta amplitude) para que energias cada vez mais sutis possam ser expressas no comportamento. Quem sabe o amor incondicional entre as pessoas não esteja nessa categoria (alto teor vibratório) e estajamos engatinhando para representá-lo em nosso comportamento. Sei que isso pode parecer tudo muito complexo e de difícil entendimento em um primeiro momento, mas aos poucos e com empenho e vontade vamos vencendo dificuldades teóricas e técnicas e realizando experimentos cada vez mais esclarecedores para que a reencarnação seja um dia reconhecida como uma lei biológica. E o mais importante, saber utilizar esse conhecimento para que o comportamento reflita tal entendimento.

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Estamos construindo memórias! Para compreendermos a construção dessas memórias precisamos entender a especialização que há em nossos hemisférios cerebrais – esquerdo e direito – e a importância dessa especialização na divisão de tarefas e como o processamento inconsciente atua utilizando-se de ambos simultaneamente. Vale ressaltar que várias pesquisas dentro da neurociência considera que talvez a lateralização tenha sido um dos elementos cruciais na expansão das faculdades mentais que nos tornam humanos. No entanto, um efeito colateral dessa configuração pode ter sido a complexificação das relações entre processamento consciente e inconsciente, por meio da evolução de um módulo, o INTÉRPRETE, cuja missão é unificar nossa experiência subjetiva construindo um roteiro explicativo internamente coerente. A conquista atual do cérebro, construído pela evolução criativa da consciência através dos séculos e séculos, mostra que ele é composto por uma coleção de módulos especializados que foram conquistados resolvendo-se vários problemas complexos que apareceram durante essa evolução. Esse “intérprete” – hemisfério esquerdo – busca explicações sobre as razões pelas quais os eventos ocorrem. Nesse processo, preenchem lacunas construindo narrativas fictícias ao reprimir informações, racionalizar e distorcer os fatos para reduzir a dissonância. Assim, o intérprete produz os mecanismos de autoengano e representações equivocadas da realidade, isto é, cria a sua realidade equivocada. Por essa razão, insisto que há necessidade de um “mergulho” nas memórias implícitas, pois as mesmas podem ter sido construídas com autoenganos e terem sido editadas de maneira a satisfazer a realidade criada ou cocriada. A meditação também se torna uma ferramenta poderosa para compreender os temas que alimentam os significados.

Campos morfogenéticos

A regulação da vida, como analisado no post anterior, é praticamente entregue ao processamento inconsciente, que reflete uma “inteligência” por detrás desses fenômenos do inconsciente. Não podemos insistir no equívoco de reduzir tudo às moléculas como se elas soubessem tudo sobre as circunstâncias da vida. Do meu ciúme, das alegrias, da felicidade, da raiva, do ódio, do rancor e etc. Elas representam os aspectos internos da consciência, considerados sutis. Esses aspectos estão em uma campo de organização e influência também sutis – campos morfogenéticos – que sobrevivem após a cessação do corpo físico. Essa ciência alternativa, por assim dizer, está longe de ser aceita pelos establishment da ciência convencional materialista, mas caminha a passos largos para se estabelecer como um novo paradigma capaz de explicar e possibilitar a modificação e transformação da alma humana (consciência). Caso contrário, observaremos a separação e o dualismo naturalista envolvido nas explicações “milagrosas” da ciência materialista buscando incansavelmente o sutil como resultado das interações e movimentos das moléculas e distanciando cada vez mais a ciência e o ser humano da sua natureza espiritual. As pesquisas científicas são muito importantes, quero deixar isso bem claro. Porém há uma supervalorização do hemisfério cerebral esquerdo e falta uma integração. Onde está localizada a memória? No hipocampo? No córtex parietal inferior? O que há lá de especial capaz de armazenar uma informação por um curto período ou um período maior de tempo? Neurônios? Neurotransmissores? Células da memória? Qual o substrato biológico material envolvido no processo de memória? A teoria do novo inconsciente vem fornecendo uma nova abordagem desses aspectos, apesar de estar longe da compreensão da consciência. Mas já é um início. Como construímos nossos padrões de escolhas? Como construímos nossas memórias que acabam influenciando na forma como percebemos o mundo e até mesmo na forma como adquirimos o conhecimento das coisas? A verdade é que construímos nossas crenças em uma interação dinâmica com o ambiente (que fornecem os estímulos) e, somente depois, realizamos o fortalecimento delas. O Intérprete do hemisfério esquerdo cria as histórias coerentes para manter essas crenças. Temos memórias. Temos percepções. Temos processamento consciente. Temos processamento inconsciente. Temos a vida a disposição! Acreditar na imortalidade da alma talvez seja mais uma crença dentro do sistema de crenças existente. Porém, ela é capaz de causar modificações profundas no comportamento e a transformação necessária para que os valores sejam novamente respeitados nesse Planeta.

Abraços fraternos

Milton

Natal


NATAL

 

 

Hoje não pretendo desenvolver nenhum aspecto de nenhuma teoria!

 

Quero praticar minha intenção! Intenção sincera e honesta!

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Tenho uma formação cristã e particularmente adoro essa época do ano. Todos os aspectos envolvidos de solidariedade, fraternidade, caridade, atenção ao próximo, ou seja, todos os aspectos que flagram um coração “amolecido”. Tenho ciência de todos os problemas que envolvem a humanidade e o planeta: desigualdades sociais, injustiças, preconceitos, violências, doenças, doentes, desmatamento, agressão ao meio ambiente, homicídios, suicídios, depressão, problemas diversos na educação em todos os sentidos, falta de acesso ao sistema de saúde, distribuição de renda, relacionamentos difíceis, ou seja, problemas complexos vivenciados por uma sociedade complexa. Porém, acredito na evolução. Somos todos seres em evolução em um planeta localizado na periferia da via láctea que por sua vez está na periferia do Universo. Temos a vida! Temos consciência de que somos vivos. Acredito que podemos fazer mudanças. Mudanças importantes e profundas na forma como nos conduzimos nessa “vida”.

 

Todos nós passamos por conflitos! Todos nós sofremos de alguma forma! Todos nós guardamos em nossos corações uma esperança: dias melhores… Dias melhores na convivência social, dias melhores nos relacionamentos afetivos, dias melhores após uma perda de um ente querido, dias melhores após uma doença grave, dias melhores em um planeta onde o respeito, a alegria, a gratidão, a saúde, o amor, e todos os sentimentos de teor positivo irão um dia ser maior que as mazelas das sombras humanas. Para que isso aconteça, uma mágica deve ocorrer: acreditar em um Deus! Um Deus que não está separado de nós! Acreditar em um Deus que nos une e nos conecta! Acreditar em um Deus que nos ajuda em nossas escolhas! Acreditar em um Deus que preenche cada espaço do corpo, cada espaço dos átomos que compõem meu corpo. Ele está nesse espaço. É um Deus objetivo! Possui uma energia incomensurável de onde emerge tudo e e todos, a parte e o todo. É uma consciência cósmica! É uma consciência universal que toca e conecta todos os seres que sentem e o planeta em que vivem. Somos seres conectados!

 

Podemos criar a paz! Vibrar em ressonância com esse Deus que conecta a todos nós! Esse mesmo Deus que nos auxilia em nossas escolhas. Se seguirmos uma regra básica de uma ordem de conduta que ressoa em nossos ouvidos há mais de dois mil anos poderemos nos aproximar mais de uma nova realidade, uma realidade de paz. Paz interna e externa. Essa regra ou ordem é: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Amar a Deus, amar a si mesmo e amar ao próximo! Nessa ordem! Precisamos sentir Deus dentro de nós, vibrando, pulsando, nos conectando. Precisamos amar a nós mesmos, nos conhecendo, nos esforçando para compreender nossas mazelas internas, nossas sombras, nosso inconsciente e seus processamentos de auto-engano, de autosabotagem, etc. Precisamos amar ao próximo e também nossos inimigos, desenvolvendo uma regra de bem proceder, respeitando as diferenças e diversidade de pensamentos, buscando a união dentro dessa diversidade.

 

Estamos comemorando o nascimento de Jesus! Ele trouxe seus ensinamentos que permanecem ressoando até os dias de hoje. Ensinamentos que possuem um teor científico muito maior que pensam as pessoas de senso comum. A física quântica percebe a possibilidade de integração entre esses ensinamentos e a ciência. União necessária para que um novo paradigma reine nesse planeta. Um paradigma que permita a todos desenvolver suas potencialidades. Amar. Amar. Amar. Amar. Simultaneamente razão, razão, razão, razão. Precisamos Ser e Fazer. Ser/fazer/Ser/fazer/Ser/Fazer/Ser/fazer/Ser/fazer/Ser… Parece tão simples, mas requer o empenho, requer o querer, requer a vontade, requer a motivação. Busquemos essa motivação, seja no consciente ou no inconsciente.

 

Motivacão para uma mudança necessária em nosso interior que irá se refletir em um comportamento diferente no exterior.

 

Desejo, baseado e sustentado em um estado de coerência, que Jesus abençõe a cada um de nós com a intenção de amor que lhe é peculiar. Que Jesus envolva os lares de que dele necessitam. Que Jesus expanda o seu amor vibrante e contagie a todos trazendo o lenitivo para o sofrimento pela qual estamos passando. Que Jesus sinta-se feliz com a nossa felicidade! Que Jesus sinta-se realizado com as nossas realizações. Que Jesus sinta-se amado com o nosso amor. Que Jesus sinta-se conosco a medida que nos sentimos com ele. Que Jesus sinta em paz com a nossa paz. Jesus não necessita de uma transformação, de uma mudança. Ele já se sente um com o Pai. Por outro lado, nós ainda necessitamos dessa transformação, dessa mudança para que possamos agir no mundo segundo a crença de que somos um com o Pai.

 

A todos os leitores, expresso a minha gratidão por todos as visitas, por todos comentários,  pelas opiniões, pelo incentivo. Desejo um feliz Natal e um ano novo repleto de novas possibilidades de escolhas! Elas são infinitas! Que façamos o novo no próximo ano. Grato pelas vibrações de apoio, agradeço também as opiniões em desacordo, pois me permitem rever e pensar diferente com renovação das possibilidades.

 

Há poucos meses, esse Blog começou a existir! Trouxe uma alegria imensa para essa pessoa que escreve. Tenho muitos planos para o próximo ano e espero ser parceiro de todos vocês!

 

Abraços fraternos

 

Milton

Física Quântica e Medicina


FÍSICA QUÂNTICA E MEDICINA

Uma nova visão de mundo para a medicina e suas condutas.

 

 

Como entender os processos patológicos?

Como compreender além dos processos patológicos?

Como saber se minha hipertensão arterial, minha arritmia cardíaca, minha dislipidemia, minha síndrome congênita, meu câncer, meus diversos processos patológicos de desarmonia celular tem apenas causas físicas?

Agora vem os “porquês”.

Por que tenho essas doenças?

Por que minhas células deixaram de cumprir sua função adequadamente?

Por que minha célula cardíaca, responsável por produzir determinada proteína, deixa de realizar essa funcão ou a faz em excesso?

 

Agora os “ques” , “quem”e “quais”.

Quem coordena, em última análise, a produção de enzimas e proteínas?

Quais foram os reais motivos da desarmonia?

Há algum outro fator que está sendo negligenciado? Os materialistas de plantão correrão em responder: os genes, o DNA. O DNA é o responsável pela produção de proteínas, tudo bem. Mas qual é o impulso inicial capaz de coordenar a função do DNA? A Vida foi reduzida ao DNA? Essa pergunta seria fácil de ser respondida dentro do paradigma da matéria: Temos uma programação genética conquistada aleatoriamente ao longo da evolução; Somos reféns de nossos genes; Somos reféns de nosso DNA e sua programação. Reduzir algo tão complexo a uma molécula proteica e a outros componentes é, no mínimo, limitar a nossa capacidade e potencialidade criativa e livre arbítrio. As doenças necessitam de uma visão diferente quanto a suas causas. Precisamos incorporar os princípios quânticos ao arsenal de pesquisa científica que estudam essas desarmonias celulares. Resgatar o conceito de energia vital que há muito tempo foi descartada da medicina convencional. Para que isso aconteça, necessitamos de um verdadeiro “salto” quântico na compreensão da existência de outras dimensões inerentes ao ser humano, além da dimensão física, material, palpável e fixa da matéria. Estamos reduzindo sentimentos a um movimento de moléculas dentro do cérebro límbico. Estamos reduzindo os pensamentos a uma explosão de neurotransmissores na fenda sináptica entre as células cerebrais. Precisamos valorizar a consciência nesses processos e assumir a capacidade participativa e cocriativa em todos esses processos.

 

Já refletimos em outras oportunidades que, em um estado fundamental, estamos todos conectados. Todos os constituintes e microconstituintes guardam um estado de emaranhamento, de entrelaçamento, de interconexão e adquirem um comportamento que leva em consideração, não apenas as suas partes, mas, sim, o todo. Precisamos adquirir essa compreensão que expande horizontes e possibilita uma ação mais coerente no mundo macroscópico. Atuamos sob uma extensa rede de informações que conecta tudo e todos. O espaço que preenche meus átomos e que formam minhas moléculas é o mesmo que preenche o seus átomos e que formam as suas moléculas. Espaço vazio? Não. Espaço cheio. Possuidor de uma energia incomensurável que dá origem e sustenta todas as formas. Essa compreensão profunda de uma realidade não apenas física nos remonta para a importância das ações que desempenhamos enquanto seres participativos e cocriativos das diversas experiências compartilhadas na qual desempenhamos dentro de uma família, dentro de uma comunidade, dentro do ambiente de trabalho, dentro de uma sociedade, dentro das diversas convivências que temos oportunidade de estar presente. Será que isso é importante e deve ser considerado como fator causal para uma desarmonia celular e que provoca uma doença? Eis a chave!!!! Eis o segredo!!! Que não é mais segredo! A física quântica quando analisada e interpretada sob a filosofia monista da  consciência resgata a importância da causação descendente. Como é a consciência que escolhe dentro das possibilidades oferecidas pela causação ascendente, as ações responsáveis, o pensar corretamente, o viver corretamente passa para um patamar superior de importância e valorização. Sou responsável por aquilo que penso, aquilo que sinto e aquilo que reflete meu comportamento em minhas ações. Ser coerente é ser saudável. Uma única vida é pouco para representar toda a complexidade de nossas experiências. Diante de tudo isso, como compreender as desarmonias celulares que constituem meu corpo físico? Perceberam o quanto temos que ir além em nossas simplificações e reducionismo?

 

A cada dia, mesmo participando de congressos médicos de atualização nesse tipo de conhecimento materialista reducionista, essas perguntas e questionamentos não se calam. Continuamos, nós médicos, negligenciando algo importante  em nossas pesquisas: a alma, o espírito, a consciência. Buscamos padrões para chegarmos ao diagnóstico e, a partir de então, instituir a terapêutica adequada para uma provável causa aparente. Iniciamos um tratamento farmacológico; indicamos o implante de um dispositivo eletrônico; indicamos uma cirurgia e não há mais tempo para compreender que os aspectos internos inerentes a todos nós foram esquecidos desse contexto: A pessoa, que receberá o medicamento, o dispositivo eletrônico e a cirurgia, tem pensamentos, sentimentos, intuições, relacionamentos, compatilhamento de experiências, fica alegre, fica triste, tem frustrações, tem raiva, tem ódio, tem comportamento incoerente, tem uma essência viva e participativa em qualquer processo patológico. Ela está atuando de forma ativa em um campo ou uma rede de informação energética que necessita ser valorizada para termos uma visão ampla e completa da sua possível desarmonia. Estamos agindo na periferia da doença. As causas são mais profundas. Precisamos mergulhar em nós mesmos na busca de um autoconhecimento ao mesmo tempo que a medicina busca o conhecimento externo das causas dessas mesmas doenças. Intuições, pensamentos, sentimentos são tão importantes quanto bactérias, vírus, alterações climáticas e genética. Como mudar isso?!?! Mudar a visão de mundo!!! É fácil? De maneira alguma. É impossível? Jamais.

 

A medicina também estabelece a metodologia científica materialista em seus bancos acadêmicos. Não estou querendo dizer que isso é certo ou errado. Quero realçar a importância de incorporar e integrar os aspectos negligenciados. Aspectos internos e sutis que não são validados pela ciência materialista e também pela medicina com seu “estableshiment” instituído. Conversar sobre isso em um encontro científico materialista é comprar uma briga sem precedentes e ser expulso de qualquer outra oportunidade acadêmica. Assim ocorreu com Fritoj Capra, um importante físico. A ciência materialista tem contribuído muito para o aumento da qualidade de vida e também da perspectiva prolongada do viver. Mas isso pode ser melhorado. Quanto mais pessoas conversarem, refletirem sobre isso, mais e mais perspectivas de mudanças profundas teremos. Acredito nisso! Tento fazer minha parte. A dinâmica da transformação é importante. As pessoas deveriam compreender que durante a mudança de paradigma elas mesmas deveriam se observar diferentes e serem a transformação que desejam ser. Criar um novo mundo a partir de um novo ser. Isso é possível! Dessa maneira temos uma oportunidade de integrar as visões de mundo e ampliar de forma criativa a realidade vivenciada ou experimentada. Quando todos estiverem envolvidos nessa dinâmica de transformação, as informações que chegam ao DNA serão coerentes e ele saberá o que fazer. As funções biológicas funcionam como arquétipos, da mesma maneira que o Amor, a Justiça, a Abundância, a Verdade, a Beleza funcionam como arquétipos que fornecem os contextos para a mente dar os significados. Precisamos entender essas funções biológicas dessa maneira. Uma nova possibilidade de pesquisa surgirá para continuarmos o processo evolutivo que é incessante e tem um propósito, ao contrário do que pensam os biólogos darwinistas. Temos pesquisas que demonstram inclusive o tempo decorrido entre nossas percepções e a informação proveniente dessas percepções, até chegarem ao DNA informando-o o que deve ser feito. É a comunicação mente-DNA. A física quântica, por estudar os componentes submicroscópicos da matéria, permite uma visão ampla e expandida da realidade e incorpora a possibilidade de integrar os aspectos sutis e internos com os aspectos externos e fixos. Equilibrar interno e externo. A “substância” da intuição, do pensamento, do sentimento e das moléculas é a mesma. A consciência colapsa a função de onda de todos eles simultaneamente de forma descontínua e não local.

 

Criamos representações no físico dos aspectos sutis. A intuição é representada no físico. Os pensamentos e sentimentos da mesma forma. As células, as moléculas, os átomos recebem informação constante e apresentam um dinamismo. A consciência, o espírito, a alma está tão intimamente acoplada a esses constituintes que não há maneira de estudá-los separados. Não há como prosseguirmos no reducionismo das funções biológicas e na separação.Temos que agregar ao nosso conhecimento os princípios quânticos e prosseguirmos adiante em nossas pesquisas. Valorizando o sutil. Vivendo corretamente. Pensando corretamente. Em busca de clareza! Em busca de dias melhores para todos nós!

 

Queridos amigos leitores, coerência e consciência. Isso é importante para a saúde integral.

 

Abraços fraternos

 

 

Milton.

Consciência e Cérebro


CONSCIÊNCIA E CÉREBRO

 

 

William James foi um dualista importante. Ele realizou experimentos pessoais com o óxido nítrico, ou gás hilariante, com a qual ele sentia a consciência se libertar do corpo. Isso o levou a questionar publicamente, em 1898, se o cérebro de fato produzia a consciência. Na seguinte afirmação, ele propõe que o cérebro poderia ser apenas um meio de transmissão da consciência:

 

Da mesma forma como um prisma altera a luz branca captada para formar o característico espectro de cores, mesmo não sendo ele a fonte da luz; e assim como o comprimento dos tubos de um órgão determina os sons produzidos, embora não sejam, eles próprios, a fonte do ar, o cérebro pode ter uma função permissiva, transmissiva ou expressiva, em vez de unicamente produtiva, em termos de pensamentos, imagens, sensações e de outras experiências que comporta.

 Há uma questão importante que merece atenção especial quanto a filosofia que sempre orientou a ciência. Ciência e filosofia andam juntas. Os estudos sobre a consciência avançaram muito e a neurociência tem contribuído para a compreensão e elucidação do enigma do que é enfim a consciência? Fluxo de pensamentos pelo cérebro? Bom, aqui temos algumas pendências! Como os neurocientistas desenvolvem suas pesquisas sobre a consciência? Eles se baseiam no princípio filosófico chamado MONISMO.  No monismo, um conjunto universal e unificado de leis dá sustentação a natureza. Os domínios mental e físico não podem ser separados, pois são uma única coisa real. O monismo partilhado pela maioria dos neurocientistas atuais é o que assume o mundo físico como sendo o mundo real e que a mente pode ser reduzida ou equiparada a algo físico. É o monismo materialista. A matéria é a base de tudo. Só admitem interações materiais e afirmam que nossos cérebros produzem os fluxos de consciência que podem nos conduzir a uma ilha tropical imaginária ou nos fazer lembrar vividamente dos dias felizes na casa de nossos avós. Francis Crick, o mesmo que junto com James Watson descobriram a dupla hélice do DNA, aventurou-se nos estudos da consciência e, em uma crítica aos não cientistas, formulou uma hipótese: A hipótese espantosa. Ele expressa sua crença de que nossa consciência e nosso senso de “eu” resultam estritamente de processos cerebrais químicos e elétricos. Os fenômenos sutis não são possíveis dentro do materialismo, porque não há mecanismos dentro de um cérebro para permitir que duas consciências se comuniquem a distância. O materialismo também não admite que alguém consiga prever o futuro, influenciar o mundo físico apenas com uma intenção. Houve uma ascensão do monismo materialista até os dias atuais. Em meio a tudo isso a física quântica chegou para balançar as estruturas fixas da matéria. Calma! Volto em breve nesse assunto. Agora vamos ver o lado da filosofia dualista.

No dualismo, o mental e o físico estão separados e são radicalmente contrários um ao outro. O dualismo foi um componente importante das religiões ocidentais. Tanto Platão quanto Aristóteles eram dualistas e tiveram grande influencia sobre as religiões ocidentais, inclusive a espírita. Platão foi um dos primeiros a propor que somos almas aprisionadas em nossos corpos. O grande representante dualista, sem dúvida, foi René Descartes. Em 1641, ele formulou uma distinção entre mente-cérebro. Há diferenças qualitativas entre a experiência consciente e a matéria física. A consciência parece, de fato, imaterial e diferente de todas as outras coisas do mundo físico. Durante a experiência da consciência, temos a sensação irrefutável de que existe um “eu” que testemunha e influencia nossos pensamentos. Também sentimos que há um mundo separado e externo, e que temos lívre arbítrio para interagir com ele. Descartes identificou a glândula pineal como sendo o lugar no cérebro onde a alma, ou a mente, poderia tangenciar e afetar o mundo físico. O dualismo de Descartes é altamente compatível com os fenômenos sutis sendo capaz de admitir que as consciências deixam seus corpos para acessar informações ou influenciar o mundo físico. Sua teoria perdurou por séculos e se adequou perfeitamente a muitas perspectivas religiosas, inclusive a espírita. Mas, dentro da ciência, o dualismo de Descartes guardava uma grande deficiência. Em seu livro The Concept of Mind, Gilbert Ryle argumentou que os sistemas dualistas como o de Descartes eram absurdos, pois não havia meio do corpo e da mente interagirem. Para Ryle, a teoria de Descartes significava que o corpo era uma máquina biológica magicamente controlada por uma alma, ou um “fantasma”. Dois corpos feitos de substâncias diferentes não podem interagir sem um intermediário. Consciência e cérebro são feito de substâncias diferentes para os dualistas que buscam uma interface de comunicação entre ambos. A ciência monista materialista não admite tal interação e baniu de seus estudos qualquer aspecto religioso ou sutil. Só há interações materiais e o sutil é subproduto dessas interações! Visão limitante!!!

Temos dois lados, por enquanto. Vamos buscar uma integração!

Por um lado temos o Monismo materialista com paradoxos insolúveis como o Difícil Problema da Consciência levantado pelo professor de filosofia David Chalmers: O Cérebro tem uma importância fundamental na formatação de nossas experiências conscientes, mas isso é diferente de afirmar que ele cria a consciência, embora o paradigma materialista assuma isso. A inabilidade de entender como algo tão sutil como a consciência poderia surgir do cérebro ficou conhecido como “ o difícil problema da consciência”. A ausência de qualquer resposta para o difícil problema cria um elo perdido no paradigma materialista. Pois então! Os neurocientistas foram em busca desse elo perdido em pesquisas e mais pesquisas. Não encontraram as células capazes de produzirem a consciência. Porém descobriram coisas fantásticas como a capacidade de mapear o fluxo do pensamento pela  ressonância nuclear magnética funcional.

Com relação ao dualismo, a ciência não admite qualquer tipo de interação entre o sutil e o físico material. Para que ocorra essa interação há necessidade de ter troca de energia, ou troca de sinais. Milhares e milhares de experiências demonstraram que dentro de um sistema a energia permanece constante. É a “famigerada” (rsrs) Lei da Conservação da Energia. Por essa razão, a ciência com seu monismo materialista, afastou de seus estudos os aspectos sutis e internos dos seres humanos. Como explicar a interação das intuições, pensamentos e sentimentos com o cérebro? É melhor admitir, pensam os monistas materialistas, que todos os aspectos sutis são resultado de processos químicos e elétricos de nossas células. Nasce a ciência materialista que afasta o cheiro, o sabor, o sentido do belo na sua ânsia de medir e medir,  calcular e calcular. Seguem o lema: “Calem-se sobre isso e calculem”.

Chegou o momento da integração. O cérebro é composto por átomos, portanto os princípios da física quântica estão operando em nosso cérebro, embora a maioria dos neurocientistas ainda tenha de dar a devida importância aos princípios quânticos. Desenvolver um modelo que reconheça que a física quântica também opera em nossos cérebros pode explicar muitos dos indecifráveis mistérios da consciência. Em outras palavras, a física quântica pode fornecer, simplesmente, o elo que falta para explicar a relação entre algo tão sutil quanto a consciência e algo tão material quanto o cérebro.

A experiência da fenda dupla demonstra a importância da consciência em qualquer experimento. A física quântica demonstrou que a substância ou o estofo da matéria, na verdade, não existe. A matéria, assim como qualquer forma de energia, comporta-se como ondas de possibilidades em potentia. Com essa compreensão, surge um novo monismo. O monismo baseado na física quântica que admite ser a consciência e não a matéria a base de tudo. Aspectos sutis como intuição, pensamento e sentimento bem como o mundo físico da realidade objetiva é, em essência, constituído da mesma susbstância, ou seja, um coisa só. Portanto, temos o monismo da consciência onde ela exerce o poder causal e escolhe dentro das possibilidades da matéria e energia. Para isso utiliza-se de suas assinaturas: hierarquia entrelaçada, descontinuidade e não localidade. Há uma possibilidade de integrar o dualismo dentro do monismo da consciência, pois através dessas assinaturas ela interage com o cérebro sem troca de sinais e não viola a Lei da Conservação de Energia e permite solucionar o problema díficil proposto por Chalmers. Permite integrar os aspectos sutis dentro da consciência. pois sendo a consciência a base de tudo, permite a essa ciência vasculhar os fenômenos sutis e admitir que exista um espírito ou alma capaz de interagir com a matéria, e mais, permite estudar os pensamentos e sentimentos como possibilidade de escolha da consciência e, dessa forma, recuperarmos o livre arbítrio, ou seja, a verdadeira liberdade de escolha.

Com as descobertas dos princípios quânticos pela física quântica temos a oportunidade de integrar ciência e espiritualidade. Ciência e religião estiveram separadas durante 400 anos. A incompatibilidade da ciência em explicar os aspectos sutis dentro do monismo materialista começa a dar espaço para o monismo da consciência e essa, por sua vez,  passa a incorporar os dualistas interacionistas. Mudança de paradigma! Temos conversado e refletido muito sobre esses aspectos. Essas mudanças possuem duas etapas: uma lenta e paulatina como que convivem pacificamente duas ou mais idéias antagônicas e que acabam respondendo parcialmente aos problemas que surgem durante a vivencia do tempo disponível. Há um aumento da complexidade dos problemas. As soluções são simples quando sob o paradigma adotado como oficial e, então, abruptamente, há necessidade de novas respostas e um novo conjunto de condutas e idéias surge para suprir a complexidade existente com novas respostas. Temos uma etapa lenta e uma etapa rápida – um salto. No post anterior descrevi sobre supercrenças e conhecimento. Recomendo sua leitura para melhor compreensão dessas questões. Quero ressaltar agora que a ciência pode estudar os fenômenos sutis: mediunidade, ação da prece, comunicação a distância, clarividência, telepatia, desdobramento, precognição, mente sobre a matéria, imortalidade da alma, etc e dar validade a esses fenômenos. Acima de tudo a ciência pode continuar buscando a verdade, porém expandindo o guarda chuva paradigmático para englobar novas possibilidades. Tudo para que novas soluções sejam apresentadas em um planeta que corre perigo junto com seus moradores. O monismo materialista trouxe a humanidade para um ponto de mutação. Estamos vivendo esse ponto do caos que exige uma transformação pessoal que envolve além do externo o interno também.

Ciência e espiritualidade merecem um aperto de mão!! Consciência é vida e vida é consciência! Se a consciência for um subproduto das atividades elétricas e químicas das células cerebrais, após a morte do corpo físico, após a morte dessas células, é o fim de tudo. Acabou! Se a consciência exerce um poder causal sobre as células cerebrais tornando-as reais com todas as suas atividades elétricas e químicas como que se as mesmas estivem representando a consciência no mundo físico, após a morte das células, ainda restaria a consciência. Esse último raciocínio é libertador e ao mesmo tempo traz consigo uma responsabilidade enorme. Gostaria de reportar meus leitores para lerem a página sobre Evolução Criativa!. Não quero tornar esse post muito extenso. Teremos mais oportunidades em breve para refletirmos sobre outros tópicos que envolvem os princípios da física quântica. A física quântica não é mais uma descoberta dos físicos; ela é a descoberta. Chegamos no horizonte de eventos que separa dois domínios da realidade: fato manifesto e possibilidade. Maravilha!! Até breve!

Abraços fraternos

Milton

O tempo


TEMPO

 

A ciência tem dificuldade em definir tempo. O tempo físico “inanimado” necessita de outros parâmetros para ser definido. Atualmente, a unidade de segundos é definido como sendo uma oscilação de ciclos de radiação do césio 133 em um determinado período. Quando o elétron salta de um estado de alta energia para um de baixa energia ele emite uma radiação eletromagnética. Essa radiação oscila em uma determinada frequência. A frequência é “exatamente” 9.192.631.770 Hz. Conforme o Sistema Internacional de Unidades essa tem sido a definição de segundo desde 1967. A cada segundo o césio 133 emite 9.192.631.770 ciclos de ondas eletromagnéticas. Nossa unidade de tempo “segundo” é definido conforme esse parâmetro. Seguindo esse mesmo raciocínio a ciência tem dificuldade em definir energia. Há necessidade de outros parâmetros para essa finalidade. O tempo é uma grandeza objetiva ou subjetiva? A física da matéria inanimada insiste em afastar a participação do observador. O observador é fundamental e necessário para compreender o tempo. Os aspectos subjetivos são tão importantes quanto os objetivos. Um dos poucos pontos em comum entre a ciência e a espiritualidade é que ambos concordam que o tempo é relativo. Não precisamos nem requisitar a presença de Einstein para essa explicação. Ela faz parte do senso de percepção comum.

 

Dependendo do estado de consciência a percepção do fluxo de tempo muda. No estado de sono profundo não temos a experiência de tempo. No estado de sonho o tempo é fluido: uma era em um minuto. No estado de vigília o tempo é relativo e depende dos referenciais adotados. Lembram disso na física ginasial? O tempo depende do nosso sistema nervoso. Cada ser senciente irá perceber o tempo conforme o sistema nervoso disponível para essa percepção. O sistema nervoso de uma lagarta é diferente do nosso. Se retiramos uma folha da sua trajetória ela irá “pensar” que a mesma simplesmente desapareceu.  As “fotografias” da realidade passam mais lentamente. Os seres humanos tem a capacidade de acelerar ou desacelerar o tempo conforme o estado de consciência. Será que a subjetividade é confiável? Nenhum físico afirma que suas medidas se modificam porque ele está ou não com cefaléia naquele dia. O tempo é uma experiência da consciência. Podemos pensar que o tempo não seja nem abstrato e nem objetivo. O tempo é pessoal e participativo. O Universo é participativo. Nós conseguimos participar do tempo e da mesma forma que participamos do tempo talvez tenhamos uma pista da participação da atemporalidade. Sem tempo? Como assim? Sob qualquer aspecto do tempo subentende-se a idéia do não tempo (atemporalidade). Antes do Universo não existia o tempo! Nós temos que vivenciar o tempo! Da mesma forma podemos vivenciar a atemporalidade e entender melhor aquilo que chamamos de “vida eterna”, “alma imortal” e “Deus transcendente”. Eternidade seria compatível com uma realidade onde o tempo não estaria presente. Eternidade não é compatível com um período de tempo muito longo. Na eternidade, o tempo não está presente!

 

Precisamos pedir ajuda ao Oriente! Nos estudos das experiências de meditadores, a subjetividade é confiável! Eles relatam a experiência do Samadhi que seria um estado de consciência zero, ou seja, um estado de eterno agora atemporal. Nesse estado de consciência zero o tempo deixa de existir com evento mensurável. Passamos a vivienciar o fluxo do tempo quando a consciência una divide-se em sujeito e objeto. Quando da mensuração quântica no cérebro a consciência identifica-se com o mesmo e surge o “self”, mas isso é outra história…Seguindo em nosso raciocínio, o próprio Universo possui um estado atemporal que é o campo do ponto zero ou “vácuo” quântico. Antes da singularidade do Big Bang havia apenas a potencialidade do tempo. Depois surgiram todos os objetos quânticos em ondas de possibilidades como: enegia, spin, peso, gravidade. Potencialidade é potencialidade, isto é, não tem ciclo ou ciclos. Abrange passado, presente e futuro. O estado básico da física é análogo ao estado zero do Samadhi. Nós sempre seremos eternos. Quando perdemos a conexão com a eternidade ficamos presos na ilusão dependente das medidas, ficamos dependentes em medir o tempo. Como podemos vivenciar a eternidade? Como?

 

A mente humana é vista pela ciência materialista como um epifenômeno do cérebro. Porém, a ciência quântica unida com a espiritualidade vê a mente humana não como subproduto do sistema nervoso, mas como agente causador real de onde “nascem” os pensamentos. Como podemos “pensar” em atemporalidade? Como seria possível se o próprio pensamento leva tempo para ser formulado? Eis a pista!!! Os meditadores experientes perceberam que se o pensamento pára, o tempo também pára. O movimento do pensamento é importante para o tempo. Se os pensamentos param de se movimentar, o tempo faz o mesmo. Quem já experimentou a sensação do famoso “branco”? A subjetividade de percepção do tempo depende dos pensamentos. O Universo é o movimento do pensamento. Isso é profundo!!! A mente em silêncio cocria a realidade física por meio de um pensamento. Uma vibração e uma frequência. Sem isso o tempo não pode ter início! As vibrações emergem de uma fonte. Quando o tempo entra na manifestação ele é adaptado ao sistema nervoso. Temos que “metabolizar” a experiência abstrata do tempo da mesma forma que metabolizamos o alimento em nosso sistema digestivo.

 

O nosso crescimento e desenvolvimento necessita conhecer e administrar o tempo. Os genes precisam conhecer o tempo. Saber o tempo correto para substituir os dentes de leite, saber o início da puberdade, saber o início da menopausa e dessa forma devemos possuir um “relógio” biológico a serviço da consciência. Sim, temos esse “relógio”. Nossos genes são muito mais que receitas de instrução. A consciência possui a sua disposição a telomerase (Descoberta da cientista Elizabeth Blacburn em 2010) capaz de administrar o tempo, inclusive o envelhecimento. Quando menos telomerase mais rápidos envelhecemos. Da mesma forma, hábitos de vida saudáveis e meditação são capazes de aumentar a quantidade de telomerase no organismo. Conseguimos sinalizar nossos genes para cumprirem suas funções. Os fatores epigenéticos demonstram uma importância fundamental para a expressão gênica. Um único gene é capaz de mais de 30 mil expressões diferentes através da ação desses fatores epigenéticos. É um avanço enorme muito além do que poderia prever o projeto genoma humano em 2003. Vinte mil genes foi o detectado, muito aquém do imaginado. Porém, a partir do “fracasso” desse projeto muitos outros questionamentos foram necessários para novas soluções. Ampliar o paradigma para explicar o movimento da consciência. Estamos caminhando nesse sentido. Tentando integrar ciência e espiritualidade. Não há necessidade de exclusão. Ambas podem dar um bom aperto de mãos.

 

Nós seres humanos estamos situados em um horizonte de eventos entre o manifesto e o transcendente, entre o tempo e a atemporalidade, entre o visível e o invisível. Lembram da definição da realidade pela física quântica? A realidade existe sempre em dois domínios: Possibilidades e fato manifesto.

 

 

Abraços fraternos

 

 

Milton

 

Referências Bibliográficas:

 

Dois autores me inspiraram: Deepak Chopra autor de As sete leis espirituais do sucesso e Leonard Mlodinow autor de O andar do bêbado.

Esses autores participaram de um debate onde foi discutido vários aspectos entre ciência e espiritualidade. Deepak defendeu obviamente as idéias da espiritualidade e Leonard a visão da ciência. Fiz uma interpretação dentro da física quântica de ambas as visões sobre o tempo. Espero que gostem!

 

Vida: O dentro e fora de todas as coisas.


Vida: O dentro e fora de todas as coisas.

 

Matéria e energia formam um binômio inseparável. São pólos de uma mesma substância. A matéria densa com todas as suas forças: eletromagnética, força forte, força fraca e gravidade compõe o espectro de ação e interação de todas as coisas  visíveis do Universo.  A matéria inerte, sem a energia vital, possui um “psiquismo” incipiente regido por essas “forças” de interação material. Seria uma “consciência” incipiente; uma consciência que seguirá um desenvolvimento; uma consciência que irá ascender. A consciência necessita se expressar. Para isso utiliza-se da matéria densa para criar representações. Há uma necessidade de “intelectualizar” a matéria conforme orientação do plano espiritual em O Livro dos Espíritos. Nesse processo podemos pensar em uma “materialização” da consciência e uma “intelectualização” da matéria. Pois consciência e matéria ficam “acopladas” de tal maneira que não há separação.

 

Nesse processo de ascensão, por assim dizer, a consciência necessita de formas mais complexas para representar suas expressões internas. Necessita do externo para representar seu interno. Dessa maneira, a realidade parecerá um dualismo entre esses aspectos internos e externos. Quando valorizamos um em detrimento do outro tendemos a separação. A ciência com seu establishment supervaloriza o lado externo de todas as coisas; as interações materias e sua conservação de energia. Mas todo aspecto externo tem um correspondente interno em equilibrio e simultaneidade. Há um “psiquismo” interno que almeja ser representando no externo. A matéria inerte guarda o “germe” da consciência.

 

Nesse processo de formas mais complexas ocorre a requisição de energias mais sutis que permitem uma expressão interna da consciência também mais complexa. Individualidade composta. Isso é um comportamento básico da Natureza e obedece a um princípio de individualização com formas mais complexas e energias mais sutis. Um átomo é uma individualidade composta. Possui seu “psiquismo” interno rudimentar e denso. A energia densa que sustenta a forma do átomo almeja por mais expressão; necessita de formas mais complexas e diante desse “querer”, obedecendo a um propósito, transcende a sua forma para uma mais complexa: uma molécula. A molécula é uma nova individualidade e, ao mesmo tempo, incluiu os átomos em sua constituição tornando-se composta. O “psiquismo” rudimentar do átomo agora consegue novas expressões ao “evoluir” para uma molécula. A energia tornou-se mais sutil. Um campo organizador permitiu o aparecimento de uma forma mais complexa. A consciência consegue expressar um grau de complexidade maior. Transcendendo e incluindo.

 

As interações materiais guardam uma aparência de aleatoridade. Aparência, pois elas obedecem a campos de organização sutis. O fenômeno da cristalização dos minerais também obedecem a esses campos mórficos. Esses cristais são constituídos por átomos que são constituídos por partículas elementares que são constituídas por…partículas ainda mais elementares? Aqui a física quântica demonstra o reino das possibilidades. Essas “partículas” estão em um campo transcendente, em possibilidade e potentia, prontas para serem transformadas, convertidas, colapsadas no tempo e espaço compartilhado que é o nosso. Incerteza e conexões e interconexões. Nesse campo primordial todos as partículas elementares estão conectadas; formam um todo inseparável e proporcionam uma espécie de comunicação sem trocas de sinais denominada não localidade. Uma oscilacão nesse campo primordial nascem as partículas elementares; nascem as interações materiais; nascem o ir e vir da energia culminando na “coagulação” ou “congelamento” da mesma em matéria. Um elétron é uma onda de possibilidade. Um próton é uma onda de possibilidade. Um neutron é uma onda de possibilidade. um átomo é uma onda de possibilidade. Uma molécula é uma onda de possibilidade. Matéria e todas as suas interações são ondas de possibilidades. A energia é possibilidade. Temos de admitir algo fora da jurisdição da mecânica quântica capaz de transformar possibilidade em realidade, capaz de provocar essa “perturbação” que irá promover a oscilação do campo primordial e provocar o colapso da função de onda da matéria e transformá-la em realidade. Essa realidade, agora manifesta e particularizada, guarda em sua essência dois domínios: Aquela das possibilidades transcendentes de onde veio e a nova partícula manifesta. A intermediária desse processo de formação da realidade é a consciência. “Psiquismo” inerte dos minerais passando pelo “psiquismo” dos vegatais  e animais até o despertar no reino hominal como consciência plena.

 

Assim podemos inferir que esse algo fora da jurisdição da mecânica quântica seja a própria consciência. Esse algo incorpóreo que comanda o colapso da função de onda e organiza a forma manifesta. Utiliza-se do campo de organização mórfica capaz de gerenciar todas as infinitas reações e ligações disponíveis a fim de conseguir o intento da expressão. Quando todas as possibilidades convergem para um determinado ponto no processo evolutivo da forma, esse “psiquismo” consegue dar um salto para uma nova forma mais complexa. Consegue transcender e incluir. Muda o campo organizador, muda a forma, muda a energia que a sustenta. Muda a expressão da consciência (psiquismo). Quando as possibilidades para o aparecimento da vida biológica ocorreu com a formação do RNA e protéinas, a consciência conseguiu colapsar as possibilidades simultaneas para que a energia vital emergisse nesse processo, A vitalização “emergiu” no processo de ascensão da consciência. Forças primordiais de coesão permitiram a emersão de uma energia mais sutil capaz de sustentar as macromoléculas. Emergiu a energia vital que em essência é proveniente da matéria cósmica, isto é, desse campo primordial de energia incomensurável chamado pelos cientistas de campo do ponto zero. Assim, surge a possibilidade da célula. Uma célula é uma individualidade composta. A célula transcendeu átomos e moléculas e os incluiu em sua constituição. Nesse processo “envelopou” todas as energias que sustentavam átomos e moléculas e permitiu o surgimento da energia vital. Explode a vida no planeta. O Universo se faz realidade. A evolução da vida, juntamente com a ascensão da consciência, se torna possível.

 

Consciência é vida! Vida é consciência!

 

Abraços fraternos.

 

Milton

 

Referências Bibliográficas

 

O Fenômeno Humano – Teilhard Chardin

A Evolução Criativa das Espécies – Amit Goswami

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Espiritualidade Integral – Ken Wilber

A Gênese – Allan Kardec

Alquimia da Mente – Hermínio C.Miranda

 

Como Conhecemos o que conhecemos?


COMO CONHECEMOS O QUE CONHECEMOS?

Como podemos confirmar ou justificar o conhecimento?
Como sabemos que não estamos enganados, confusos, ou até mesmo delirando?
Todo o conhecimento adquirido por meio de qualquer “olho” do saber passa por 3 ramificações:

Injunção: “Se você que saber isso, faça isso”
Apreensão: Experiência imediata do que será exposto pela injunção, isto é, uma apreensão de “dados”. Essa é a apreensão direta de dados produzidos pela injunção em questão, sejam esses dados uma experiência sensorial, mental ou espiritual.
Confirmação (ou rejeição): É uma comparação dos resultados – os dados, a evidência – com outros que tenham adequadamene completado as etapas da injunção e da apreensão.

A etapa da injunção de todo o conhecimento leva a uma apreensão, uma revelação direta dos dados. Essa revelação é então verificada (confirmada ou refutada) por todos os que realizam adequadamente a injunção e assim revelaram os dados.

A etapa da injunção é muito importante e trata-se da mola propulsora de todo o conhecimento. Pensar que a evidência e os dados estão simplesmente por aí, esperando para serem percebidos por tudo e todos não seria de todo má idéia, porém temos que possuir um “querer” observar, temos que fazer as perguntas corretas para obter as respostas que estamos procurando conhecer. Os dados não estão prontos. Os dados não nos são dados assim de graça!!! A etapa da injunção é justamente isso: se queremos conhecer alguma coisa, que façamos alguma coisa. Essa é a idéia. Somos seres participatipos do Universo. A partir do momento que queremos conhecer e damos início ao ato de experimentar passamos a fase seguinte que é apreender, através dessa experiência, os dados. A injunção leva a apreesão dos dados. O fato de eu observar e querer conhecer leva ao colapso de onda do que está sendo observado e passa a fornercer dados imediatos dessa experiência. O erro materialista está em valorizar apenas a experiência fornecida pelos sentidos. A experiência mental também deve ser valorizada assim como a experiência espiritual dos estados meditativos. Ambos fornecerão dados que poderão ser confrontados com outros dados que cumpriram as etapas de injunção e apreensão.

Se você quer conhecer as estrelas mais distantes, você precisa de um telescópio. Se você quer conhecer Jung você precisa aprender a ler. Se você quer conhecer os teoremas de Pitágoras é preciso aprender geometria. Se você quer conhecer isso, você deve fazer isso. Essa é a etapa importante da injunção. Aqui vale uma conversa sobre nossas intenções. As intenções devem ser participativas – somos cocriadores da nossa realidade – os dados que obtemos são produzidos após o nosso querer em conhecer algo. Nessas descobertas de dados vamos cocriando a realidade. Ela exisita apenas em possibilidade. Há infinitas possibilidades. Escolhemos a nossa realidade após termos cumprido a primeira etapa em busca do conhecimento: a injunção. Temos que experimentar para poder adquirir a “iluminação”. A apreensão desses dados após a ato de querer, após a injunção não precisa ser necessária e obrigatóriamente restriita aos “olhos ” exclusivos dos sentidos. Tanto injunção quanto apreensão podem utilizar outros “olhos” – o olho da carne através dos sentidos, o olho da mente através dos pensamentos e o olho do espírito através do transcendente. Todas forneceram dados a partir da sua injunção e poderão ser confrontadas com outros dados validando ou não esses dados. Se você quer conhecer isso, faça isso. Grande verdade!

Há aqui outras grandes sutilezas. A escola de estudos integrais de Ken Wilber tem desenvolvido uma tarefa infindável na expansão e integração da consciência. Mas parece que ainda falta alguma coisa. Não houve integração plena. Desses estudos, compreendemos que a consciência possui seus aspectos internos como pensamentos, sentimentos, emoções etc. Visto de um ângulo interno é isso que iremos encontrar. Visto por um angulo externo, encotraremos uma estruturação diferente onde esses pensamentos, sentimentos, emoções etc estão ancorados. Assim a consciência tem seus aspectos internos e externos dentro da perspectiva do EU. Seria o EU visto de dentro e de fora. Dentro são os fenômenos e de fora são as estruturas. Estágios de desenvolvimento da consciência são as estruturas da consciência, é o aspecto externo da consciência. Assim podemos identificar vários estágios do desenvolvimento como: Estágio onde a consciência encontra-se na fase do arcaíco, do místico, do pluralismo, da integração, apenas como exemplo. Esses são aspectos visto de fora da consciência e pode haver uma interrelação entre ambos. Fenômenos e estruturas. Interno e Externo. Podemos estudar as estruturas sem compreender os fenômenos internos e vice-versa. Podemos meditar sem compreender os estágios de desenvolvimento e podemos estudar os estágios de desenvolvimento sem alcançar o sartori.

Abraços fraternos
Continuará em breve.
Milton

Referências Bibliográicas

Todos os livros de Ken Wilber.

Altos e Baixos da Evolução da Consciência.


ALTOS E BAIXOS DA EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA

 

Acredito na evolução! Em uma evolução criativa da consciência. Nesse processo dinâmico, a que todos os seres sencientes estão submetidos, podem aparecer sinais e sintomas de patologias. Vários estudiosos do setor da evolução identificaram que a consciência evolui passando por estágios e níveis de desenvolvimento e crescimento.  A consciência possui por assim dizer um “espectro” da mesma forma que a luz divide-se em diversas freqüências que caracterizam o espectro eletromagnético.  O espectro da consciência é caracterizado por níveis e estágios de desenvolvimento e crescimento. A evolução da consciência apresenta altos e baixos e torna-se importante para todos nós, envolvidos no processo de autodescoberta e autoconhecimento, a constatação do seguinte fato: passamos por esses estágios e níveis de desenvolvimento e crescimento. Dependendo do nível/estágio que se encontra a consciência, compreende-se de forma diferente os diversos aspectos do crescimento pessoal.

Esses aspectos do desenvolvimento e crescimento da consciência são chamados pelos estudiosos da psicologia transpessoal de “linhas de desenvolvimento”. Assim temos a linha de desenvolvimento da moral, da cognição,  da emoção, da fé e assim por diante, ou seja, há várias linhas de crescimento e desenvolvimento que a consciência possui para a a evolução. Cada uma dessas linhas são abordadas, vivenciadas de acordo com o nível/estágio de desenvolvimento em que se encontra a consciência. Que maravilha essa compreensão!!! Se estou em determinado nível/estágio egoísta, por exemplo, a realidade que criarei para o meu viver será baseada nessa visão de mundo, ou seja, fé, cognição, moral, emoção, sentimentos serão vistos apenas sob a visão egoísta. Se estou em um nível/estágio etnocêntrico, que reconhece o outro e respeita suas diferenças, a maneira como abordarei e criarei minha realidade será baseada agora sob os auspícios dessa visão de mundo. E, assim, temos um espectro da consciência onde a humanidade  distribui-se com seus próprios níveis/estágios. São 7 bilhões de consciência no planeta Terra.  Para exemplificar vamos seguir a linha do desenvolvimento moral que pode ser compreendida em egocêntrica, etnocêntrica e globocêntrica. No estágio egocêntrico, a consciência age baseada no eu e nada mais importa; na visão etnocêntrica, a consciência age no mundo transcendendo a visão egocêntrica, incluindo-a em sua constituição e valoriza o outro; na visão globocêntrica, a consciência além de valorizar o “eu” e o “outro”, ele valoriza também “todos”, isto é, a consciência conseguiu transcender os estágio predecessores e inclui-los na sua constituição.

Nesse processo dinâmico e criativo da evolução da consciência pode-se encontrar distorções e patologias diversas e confusões exatamente devido ao espectro da consciência. A consciência evolui obedecendo a um principio de diferenciação e integração. Existe por assim dizer uma “dialética do progresso”. Vou explicar! Quando saltamos de forma criativa para um estágio posterior do desenvolvimento, a consciência ou resolve os problemas do estágio anterior ou deflagra novos e recalcitrantes problemas do novo estágio, problemas mais difíceis e complexos. Cada novo nível vai enfrentar problemas que não havia nos níveis precedentes. Cães tem câncer; átomos não! A consciência terá novas possibilidades, novas maravilhas, novos medos, novos problemas, novos desastres  que aparecem com a evolução. Ela evolui baseada no principio da diferenciação e integração e, as vezes, aí se encontram os motivos das diversas patologias da modernidade.

A consciência nesse processo dinâmico de evolução criativa, confunde diferenciação com dissociação, isto é, confunde a diversidade, as diferenças com separação. Em um processo que deveria transcender, diferenciar e incluir ela transcende e reprime. A diferenciação vira dissociação. Uma coisa é diferenciar mente e corpo, outra bem diferente é dissociar (separar) ambos. Podemos diferenciar cultura da Natureza, mas separá-las é patológico. Ken Wilber resumiu de forma perfeita esse processo: ” Diferenciação é o prelúdio da integração; Dissociação é o prelúdio do desastre”. Você tem escolhas. Você pode transcender e incluir, receber, integrar e respeitar ou você pode transcender e reprimir, negar, alienar e oprimir. “Quanto mais brilhante é a luz, mas obscura é a sombra” (Ken Wilber).

A evolução criativa obedece uma hierarquia natural de desenvolvimento. Durante o processo evolutivo o “todo” de um estágio se torna “parte” do todo do próximo estágio. Há, portanto, um todo/parte, isto é, átomos inteiros são partes de moléculas. Moléculas inteiras são parte de células. Células inteiras são partes de organismos e assim indefinidamente. Isso é a hierarquia natural no processo evolutivo em que há um aumento da complexidade da forma. No entanto, podemos observar algumas hierarquias patológicas nesse processo. Há uma arrogância de algumas partes que não toleram serem apenas partes de um todo. Elas querem ser o próprio todo e ponto final. Querem dominar. O poder substitui a comunhão de suas partes; a dominação substitui a comunicação; a opressão substitui a reciprocidade e assim essas hierarquias patológicas deixam suas marcas a ferro e fogo na carne torturada de incontáveis milhões, um rastro de horror, pois não conseguem transcender sem reprimir.

O espectro da consciência possui altos e baixos em seu processo dinâmico de evolução criativa. Fragmentamos esse desenvolvimento e esse crescimento. Observa-se também que estruturas superiores podem ser subjugadas por impulsos inferiores. Você não pode fazer genocídio com apenas um arco e flecha, mas com uma bomba atômica…  A semente precisa se diferenciar para crescer até ser uma árvore. Mas, se você vê cada diferenciação como uma dissociação, confunde-se totalmente  as duas coisas. Então, as vezes, você passa a ver a árvore como uma “violação” da semente e a árvore passa a ser um problema e a solução seria: devemos voltar ao maravilhoso estado de semente. A solução é exatamente o oposto. Encontrar os fatores que impedem as sementes de se realizarem como árvores e remover esses obstáculos, de modo que a diferenciação e a integração possam ocorrer naturalmente em vez de dissociar e fragmentar. Não devemos acabar com as hierarquias patológicas destruindo as hierarquias naturais. Devemos incluir a hierarquia patológica em atitude de compaixão, comunhão e cuidado.

Em um nível primordial, tudo aquilo que constitui o mundo material esta interconectado. Toda matéria guarda um comportamento onde não há separação e fragmentação. Há comunicação coerente e totalidade. Durante milhares, milhares e milhares de anos de evolução,  a consciência vive um dualismo entre transcendência e imanência. Porém, com o conhecimento dos princípios da física quântica compreende-se agora que a consciência vive SIMULTANEAMENTE a transcendência e a imanência, isto é, a consciência utiliza-se de “ferramentas” de expressão que são ao mesmo tempo possibilidades (transcendência) e fato manifesto (imanência). A dualidade é apenas uma aparência. Nessa fragmentação, nesse dualismo, a consciência confunde diferenciação com dissociação, inclusão com repressão e adquiri “patologias” que aos poucos e poucos serão de alguma forma incluídas na sua constituição para compor a totalidade da criação. Assim, torna-se importante a compreensão desses altos e baixos da evolução da consciência e desenvolvermos uma atitude participativa no Universo e , ao mesmo tempo, uma prática de vida integral levando em consideração todos os apectos do desenvolvimento e crescimento da consciência.

Estudar, meditar, contemplar, orar, praticar atividade física, dialogar, reconhecer e aceitar seus aspectos reprimidos (suas sombras), meditar mais um pouco, em suma: VIVER DE FORMA COERENTE.

Abraços fraternos

Milton

Referências Bibliográficas

GOSWAMI, Amit. O ativista quântico: princípios da física quântica para mudar o mundo e a nós mesmos. São Paulo: Aleph, 2010.

GOSWAMI, Amit. O médico quântico: orientações de um físico para a saúde e a cura. São Paulo: Cultrix, 2006.

GOSWAMI, Amit, REED Richard E., GOSWAMI, Maggie. O universo autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. São Paulo: Aleph, 2008.

LIPTON, Bruce H. A biologia da crença: ciência e espiritualidade na mesma sintonia: o poder da consciência sobre a matéria e os milagres. São Paulo: Butterfly Editora, 2007.

WILBER, Ken, [et al.]. A prática de vida integral: um guia do século XXI para saúde física, equilíbrio emocional, clareza mental e despertar espiritual. São Paulo: Cultrix, 2011.

WILBER, Ken. Espiritualidade integral: uma nova função para a religião neste início de milênio. São Paulo: Aleph, 2006.

Homenagem de um cardiologista


GRATIDÃO E HONRA

Dia 14 de agosto de 2012, dia do cardiologista!
100.000 (cem mil) batimentos em 24 horas!
Sinônimo de vida!
Eletricidade: possui um sistema de condução que gera entre 60 a 100 impulsos por minuto!
Onda mecânica: a cada batimento gera uma onda de pulso que percorre todo o sistema circulatório!
Esta longe de ser apenas uma “bomba” mecânica que gera pressão circulatória.
Corrente elétrica lembra campo magnético.
O coração gera o mais poderoso campo magnético do corpo humano.
Cerca de 5000 vezes mais potente que o campo magnético cerebral.
Possui o centro vital (chacra cardíaco) capaz de “perceber” o movimento da energia vital e codificar essa mensagem para o cérebro.
A grande maioria da população mundial ainda falece vítima de doenças que acometem esse órgão e, as vezes, de maneira precoce por não estarem atentas às emoções!
Estamos todos vivenciando um processo de mudanças. Mudanças íntimas que tornarão coerentes os “códigos” que são transmitidos a todas as nossas células, inclusive os neurônios.
Faço aqui uma homenagem a todos meus mestres que contribuíram para a minha formação ajudando a desvendar e compreender os segredos do coração.
A todos meus pacientes, minha gratidão pela confiança e pela oportunidade em exercer a minha profissão!
Grato a todos, pois estamos conectados pela mesma substância primordial que nos permeia e, ao mesmo tempo, permite nossas escolhas!
Não sou um cardiologista separado de meus “pacientes”!
Somos todos interligados e “juntos” vamos ao CORAÇÃO de nosso Pai, pois Ele nos preenche!

Abraços fraternos

Milton